terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ajuda-te... e o céu te ajudará.

Cada Homem é um mundo vasto e inimaginavelmente rico. Complexo, porque imperfeito, desconhece a imensidão de talentos, de capacidades e de emoções que o constitui.
Porque nos falta muitas vezes a coragem, o tempo ou simplesmente o hábito de nos perscrutarmos, despidos de medos, de inseguranças, de complexos que nos toldam a visão e nos fazem vergar, esconder a cabeça na areia e seguir ... cegos atrás da cegueira comum.
Todos procuramos a felicidade. Essa que desconhecemos, que apenas encontramos em alguns breves e fugazes momentos, mas que sabemos, não ser "aquela" que realmente queremos encontrar.
Dependendo dos valores que a cada um nos constitui, essa felicidade pode ganhar muitas formas: poder, sucesso profissional, família, conhecimento...
Mas mesmo conquistando todas estas coisas ficará sempre a faltar qualquer coisa ... Existirá sempre um vazio a mordiscar-nos essa suposta felicidade já encontrada, porque o único elo comum nesta diversidade de gente onde nos englobamos, é a procura do Amor.
Todos procuramos o amor. Mesmo os que já nele não crêem, os que duvidam da sua existência e os que desistiram de o encontrar ... lhe sentem a falta.
Porque o Amor é para alma o que oxigénio é para o corpo: imprescindível para viver.
É ele ou a falta dele que molda o nosso mundo interior.
Mas é o entendimento do seu verdadeiro significado e poder que nos falta.
Esquecidos de que o Amor tem tantas nuances e formas de se manifestar quanto os graus de desenvolvimento da alma, nem damos conta que misturamos a este sentimento nobre e excelso, outros que lhe distorcem o valor: o egoísmo e o orgulho que nos empedirnam dentro de nós próprios quando o que mais desejamos é expandir-nos, compartilhar.
Nada somos sozinhos. É na luta diária da convivência a que socialmente somos "obrigados" a participar que vamos crescendo, contribuindo para o progresso da sociedade e de nós próprios.
Escrevo este post depois de ter enterrado a cabeça na areia, e por não ter sabido alongar o meu olhar a outras vastidões não consegui discenir em tempo oportuno que a causa da "quebra" era a minha incapacidade de não misturar as minhas próprias fragilidades, a um sentimento que por si só deveria ser sempre uma coisa boa.
Nunca o titulo deste post me fez tanto sentido como agora. Procuramos o Amor e a felicidade nos "outros" quando na verdade eles têm de existir primeiro em nós, e se não nos ajudamos a descobri-los e a vivência-los, nem Deus nos poderá valer!

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