quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Gradações


Este post é dedicado às minhas amigas T. e S. que esperavam, com alguma curiosidade, a minha manifestação bloguista ao assunto da tarde - a rapariguinha do nariz empertigado!
Pois caras amigas aqui vai! Para bom entendedor meia imagem basta, sendo que neste caso, e para melhor entendimento de todas as partes, vos ofereço uma imagem inteira!
A rapariguinha enerva-me? Enerva sim senhora. As razões são validas? Não são não senhora.
E então? O máximo que posso fazer, e na continuação das reflexões anteriores, é ir saltitando entre as várias colorações que me revestem até encontrar a cor certa que me faça aceitar qualquer tipo de nariz que se atravesse no meu caminho.
E não é o que todas fazemos? Calhando não.
Mas eu persisto e hei-de encontrá-la. Até lá ... é respirar!!

Bonds - Os Laços que nos ligam


Hoje numa reunião de amigos falava-se de Família – na parentela consanguínea e nas outras que se estabelecem entre pessoas cuja afinidade é tão grande que nos ligam uns aos outros fazendo-nos sentir dentro de uma outra família, tão ou por vezes mais forte que a consanguínea, os amigos de uma vida inteira e os para a vida inteira dependendo da altura em que os caminhos se cruzaram.
São laços que se criam, laços de afecto profundo que nos preenchem e enchem a alma, que nos reconfortam, que nos fazem crescer a partir das mil trocas que se estabelecem entre diferentes personalidades e experiências que só nos enriquecem e nos fazem sentir menos sós.
Que nos fazem felizes.
E isto fez-me pensar na dificuldade que muitos de nós sentimos, em manifestar esse afecto de uma forma ostensiva, através de simples palavras – gosto de ti; de simples gestos – um abraço, um afago, um beijo espontâneo; Só porque sim …
Amamos muitas vezes de uma forma defensiva sem disso nos apercebermos, com medo de nos expormos demasiado, pela falta do hábito que fomos perdendo ao longo da vida.
Lembrei-me de como é bom quando recebemos esses aconchegos, de como (mesmo que não o demonstremos) eles quebram essa capinha civilizacional que vestimos um dia sem nos darmos conta e de como isso nos afasta do Humano que nos constitui fazendo-nos seres únicos.
Que medo é este que nos afasta do que é bom e nos torna realmente felizes? Que “razão” é esta que tomou conta do nosso coração e não nos deixa brilhar em todo nosso esplendor? Qual é o nosso sentido de liberdade quando não aceitamos as nossas próprias particularidades? Que vergonha é esta que nos torna cinzentos?
Falo no plural porque certamente não serei a única … mas EU decidi há muito despir a minha capinha, devagar, seguindo o meu próprio ritmo interior e tenho descoberto sensações magníficas que me despertam outros sentidos e me ampliam, senão aos olhos dos outros, aos meus próprios e esta é a verdadeira sensação de Liberdade - do Lat. Libertate s.f., faculdade de uma pessoa poder dispor de si, fazendo ou deixando de fazer por seu livre arbítrio qualquer coisa; gozo dos direitos do homem livre; independência; autonomia; permissão; ousadia.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sem inspiração ....


Não há inspiração que aguente uma máquina com vida própria!! Que se reinicia quando quer sem qualquer respeito pela criatividade de quem a "alimenta", que só abre as páginas que quer e quando lhe dá na real gana e que me dá literalmente cabo dos nervos!Parece-me que está na hora de a trocar por outra mais nova, embora este divorcio não vá ser fácil, porque as separações nunca são fáceis ... existem muitas cumplicidades, muitas memórias, muitos registos que nos ligam. Mas caramba! Ou a parceria se mantém ou uma de nós terá de fazer "Shut down" de vez!

E o melhor remédio é ....




Vi este anúncio aqui e achei tão bonito e tão bem conseguido que não resisto a plagiar e a mostrá-lo também.

domingo, 26 de outubro de 2008

Quando se sabe ...


... sabe-se sempre! Completamente diferente do seu primeiro grande sucesso internacional "A Sombra do Vento", este é um romance mais "negro" mas igualmente bem escrito, magistralmente bem estruturado, que nos remete novamente a Barcelona, aos seus bairros, às suas ruas, à sua arquitectura, desenterrando as memórias do leitor que conhecendo a cidade, não consegue deixar de percorre-la com as personagens, envolvendo-se na história qual sombra que mais do que "ler" a visualiza como se dela fizesse parte.
A atmosfera da intriga é estranha e parece muitas vezes quase absurda, mas lida para lá do seu sentido literal, não deixa de nos fazer pensar nesta dicotomia moral que nos compõe a todos - bom/mau - e de como entre um lado e outro, a linha que os divide é tão ténue e facilmente transponível, que não nos permite rotular o "outro" de uma forma definitiva sem que o façamos de uma forma leviana.
Poder optar é premissa do livre-arbitrio e é este que sustenta a nossa liberdade. E a liberdade traz sempre com ela a responsabilidade traduzida nas consequências de cada acto, de cada palavra, de cada caminho que escolhemos percorrer.
Poder optar é poder mudar de caminho sempre que a consciência o peça - percorremos as nossas ruas internas, os nossos lugares secretos, e lançamos mãos à obra - destruimos uns, reabilitamos e construimos de raiz outros. Restruturamo-nos. Tudo em nome dessa paz interna que todos procuramos, também chamada de felicidade, e que só existe nas mil e uma formas em que o Amor se apresenta.
É a minha leitura ... haverá outras ... e esta é a magnificência da Literatura!
Para quem não conhece este autor podem encontra-lo aqui e aqui.

Vodcotecnologia


"Sem sortezinha nenhuma" ... é a frase que mais me sai da boca.
Na maior parte das vezes não passa de um "graçolamento" (o bom da língua ser um organismo vivo é que podemos inventar palavras e eu gosto muito de o fazer!) mas desta vez o Universo, suponho que já cansadinho de me ouvir dizer tanto disparate, resolveu pregar-me uma partida.
Sem gracinha nenhuma diga-se em bom rigor!
A 'ssoa chega a sábado à noite a apetecer-lhe relaxar - jantar, beber um copo, pôr a converseta em dia - pega em si, na R. e na O. rumo ao BA para nos refastelarmos com um belo naco na pedra. Já de barriguita e animo cheios decidimos ir desmoer, a carne e a conversa, com uma caipirinha de vodca preta com morangos à séria.
A noite estava óptima, temperatura amena, gente q.b nas ruas que ainda era relativamente cedo, a conversa fluía animada, a vodca vinha acompanhada de pequenos brindes - que o povo gosta desta coisas - gorros com um ar muito moscovita (ganhei um e é o máximo!), pulseiras, bolas ... e aqui é que a coisa estragou!!
É que "eles" (leia-se: teenagers com uma visível incapacidade de tolerância ao álcool e ao próximo) começam a chegar aos magotes, a acampar em cima da "nossa barraca" e descobrem o novo brinquedo! Uma bola!! Essa esfera à qual é impossivel resistir, que os hipnotiza e os faz balouçar os braços, as pernas só para a ver saltar e rodopiar, no ar, por cima das varandas e das outras pessoas, que a única coisa que querem é estar calmamente a curtir a sua noite.
Sim. A rua é um sitio público, vivemos numa democracia, e é por isso que reclamo: Eu não quero jogar à bola!! Pode ser?! Não, não pode. E lá veio ela directa à O. que se desequilibra com o impacto e despeja a sua bebida dentro ... da minha mala!!
Resultado: Morre um telemóvel - o meu - e com ele contactos, agendas ... e as magras poupanças que serviram para adquirir um novo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

If you're here... I wouldn't miss you!

If you're a cowboy I would trail you,
If you're a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you're a sailboat I would sail you to the shore.
If you're a river I would swim you,
If you're a house I would live in you all my days.
If you're a preacher I'd begin to change my ways.
Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.
If I was in jail I know you'd spring me
If I was a telephone you'd ring me all day long
If was in pain I know you'd sing me soothing songs.
Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.
If I was hungry you would feed me
If I was in darkness you would lead me to the light
If I was a book I know you'd read me every night
If you're a cowboy I would trail you,
If you're a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you're a sailboat I would sail you to the shore.

Mind Reader


Seria tudo tão mais fácil se pudéssemos comunicar pelo pensamento.
É que assim tudo seria às claras, mente-a-mente sem qualquer pudor, sem hipocrisias, sem coisas escondidas. Acabaria o jogo do gato-rato e pouparíamos um tempo imenso aos “psicólogos” – com bata ou sem ela – e desgastaríamos menos a “máquina” que nos alberga.
Por outro lado, o não ser possível, obriga-nos a procurar encontrar o nosso próprio equilíbrio, a segurança interna de quem sabe perfeitamente quem é e o que deseja.
Mas encontrar essa paz de consciência constante é do caraças!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Após a tempestade ... a Bonança!


Só ainda não decidi se em tablete ou barrado ... Calculo que dependa do "friend" não é??!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O dever de impressionar … ou NÃO!




O Homem é realmente um bicho estranho. Como se não bastasse a dificuldade “natural” da vida, ainda gostamos de arranjar mais pedrinhas para encher o nosso caminho como se as que temos não chegassem para os nossos tropeços.
O que é que impressiona o “Outro”? Deve-se ou não usar deste artifício para conquistar “aquele” que nos faz vibrar a alma e o corpinho? E a usar não será contraproducente para nós próprios abusar do seu uso?
O que é que leva a crer a algumas criaturas que se deve estar sempre no “seu melhor” – melhor roupinha, melhor cara, melhor humor – para que melhor se impressione o “tal”, como se fossemos uns autómatos e fosse possível sermos iguais todos os dias?
É que há dias que a pessoa acorda mal disposta com a vida, em que lhe apetece estar só consigo e faz um esforço danado para poder ser socialmente agradável no que lhe é obrigatório. E há dias em que o sono pega e nunca mais se vai embora, acusa o desgaste dos dias e nos faz correr para a banheira com 1 hora de atraso, e depois não há cara, nem roupinha que nos ponha com o tal ar “arranjadinho” sempre esperado.
Porque as pessoas são o mundo imenso de coisas boas e más, feias e bonitas, também os seus dias não podem ser sempre iguais!
Por isso tenho para mim, que quando se quer impressionar alguém deve imperar o bom senso!
E o bom senso diz-me que se deve mostrar o pacotinho que nos constitui por inteiro!
– “Olha esta sou eu em todas as suas variantes! “
E assim ninguém pode dizer que foi enganado. Porque de enganos anda o mundo farto e eu gosto de saber com o que conto.
Tu não gostas?!

domingo, 19 de outubro de 2008

Tempo ... Procura-se


Tempo - s.m. 1. meio indefinido e homogéneo no qual se desenrolam os acontecimentos sucessivos. 2. parte da duração ocupada por acontecimentos. 3. duração limitada (em oposição ao conceito de eternidade). As unidades de tempo mais usuais são o dia, dividido em horas e estas, por sua vez, em minutos e estes em segundos. Os múltiplos do dia são a semana, o mês, o ano e este último pode agrupar-se em décadas, séculos e milênios.

Tempo é isto tudo e é tudo o que me falta. Espero iniciar este blogue antes que a palavra década se torne uma realidade mas por ora ... aguardemos que o tempo urge para que outras palavras, que não as destinadas a este blogue, se soltem e sigam o seu destino!